Extremos revelam desigualdade ainda maior. A cidade que mais investiu gastou R$ 693,01 por habitante, enquanto a que menos investiu gastou só R$ 25,91.
O Plano Nacional de Saneamento Básico considera ideal o investimento anual de R$ 231,09 por habitante. Só dez municípios da lista investem acima disso.
Quem investiu mais :
- Praia Grande (SP): R$ 693,01
- Santo André (SP): R$ 628,07
- Cuiabá: R$ 472,42
Quem investiu menos:
- Várzea Grande (MT): R$ 25,91
- São Gonçalo (RJ): R$ 29,44
- Rio Branco: R$ 30,02
O que diz o Trata Brasil
Universalização a passos lentos. De acordo com a presidente-executiva do Trata Brasil, Luana Pretto, a universalização do saneamento básico caminha muito devagar no Brasil. Ela diz que as eleições municipais deste ano são uma oportunidade para discutir o problema.
Temos menos de dez anos para cumprir o compromisso de universalização do saneamento que o país assumiu com os seus cidadãos. Ainda assim, cinco capitais da região Norte e três da região Nordeste não tratam sequer 35% do esgoto gerado. Neste ano, de eleições municipais, é preciso trazer o saneamento para o centro das discussõesLuana Pretto, presidente-executiva do Instituto Trata Brasil
O Brasil tinha como meta fornecer água para 99% da população e coleta e tratamento para 90%, até 2023.
O Trata Brasil monitora o saneamento básico dos municípios mais populosos do país desde 2009. Os dados foram levantados em parceria com a consultoria GO Associados, com informações do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento).