Só em 2023 os investimentos devem somar R$ 4 bilhões, caso 3 usinas de recuperação energética vençam leilões da Aneel.
A recuperação energética de resíduos vai demandar investimentos de R$ 40 bilhões até 2040, conforme as metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Recuperação de Resíduos. Os cálculos são da Abren (Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos).
O plano estabelece que, até 2040, o Brasil deve ter 994 MW (megawatts) de potência instalada de usinas que produzem energia por meio de resíduos.
Só em 2023, os investimentos devem somar R$ 4 bilhões, segundo a associação. Segundo o presidente da Abren, Yuri Schmitke, o montante será aportado nas usinas Mauá, Caju e Consimares, caso os empreendimentos vençam os próximos leilões promovidos pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
A recuperação energética é uma forma de geração de energia térmica a partir da queima de resíduos sólidos urbanos –fonte conhecida no setor como RSU. A 1ª vez que uma usina RSU foi contratada em leilões de energia foi em setembro de 2021, quando uma usina em Barueri, no interior de São Paulo, venceu o certame A-5. O empreendimento deve entrar em operação a partir de 2025.
Além dos resíduos sólidos, a associação também vê potencial nos combustíveis derivados de resíduos, conhecidos como CDR.
Um decreto presidencial de janeiro de 2022 ampliou o rol de resíduos perigosos que devem ser destinados à recuperação energética se, em um raio de 150km, houver uma usina em operação licenciada.
“O documento representa uma importante contribuição para que o país desenvolva seu potencial de produção de CDR, estimado em mais de 20 milhões de toneladas por ano – 10 vezes mais do que o atual patamar de menos de 2 milhões de toneladas/ano”, afirmou Schmitke.
Segundo a Abren, foram investidos R$ 150 milhões em usinas CDR em 2021. Hoje, 38 indústrias no Brasil podem usar o CDR….
Fonte: https://www.poder360.com.br/energia/recuperacao-de-residuos-deve-exigir-r-40-bi-ate-2040-diz-abren/